sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

EVOLUCIONISMO OU CRIACIONISMO

Este texto foi extraído do trabalho sobre “Evolucionismo e Criacionismo” apresentado no curso de Bacharel em Teologia do Instituto Bíblico das Assembléias de Deus no Triângulo Mineiro na disciplina “Doutrina de Deus” e será dividido em partes.

INTRODUÇÃO Parte I

De que lugar surge o homem?

Este assunto sempre foi muito discutido e ainda hoje, lemos nas revistas esta polemica. No ano de 2009 foi o ano do Bicentenário de Charles Darwin, e a polemica da origem da vida foi amplamente debatida.

De um lado a teoria religiosa, que para concordar é exigido a fé, uma vez que a sua explicação não possuem fundamentação cientifica sobre a origem do homem. Por outro lado, a “teoria cientifica” se baseiam em provas de vários fenômenos que “podem” explicar a origem do homem.

Como militante político marxista e ex-ateu tendo atuado no movimento estudantil, movimento sindical e organizações clandestinas, recebi uma formação política, que teve como base os pensamentos de Karl Marx, Lênin e Trotsky, todos militantes revolucionários e ateu.

Na Universidade me graduei em História em uma conjuntura política que estava-mos saindo da Ditadura Militar (1964-1985), passando por uma conjuntura de transição a caminho da redemocratização do país, nas Universidades estava em vigor um processo de substituição da metodologia positivista, pela metodologia de analise do materialismo histórico de Hegel e Karl Marx.

Após concluir o curso de História, na Universidade Federal de Uberlândia, fui trabalhar como professor de Ensino Médio na rede pública estadual e a primeira discussão do primeiro ano do Ensino Médio é o que é a História e a origem do homem,

Como ex-ateu e militante político influenciado pelas ideias dos teóricos marxistas, defendia o marxismo e a teoria da evolução das espécies de Darwin, justificando que esta teoria em seu livro “A origem da vida”, destaca que a Terra era uma esfera que tem 4 bilhões e meio de anos e que solidificou-se há 2 bilhões e meio de anos, mesmo depois deste tempo a atividade vulcânica era constante, a atmosfera ácida e a temperatura média era muito alta.

A Terra possuía uma atmosfera rica em metano, hidrogênio e amônia, além de vapor d’água proveniente dos vulcões. Sabia-se que as erupções vulcânicas expeliam, além de magma, água. A atividade vulcânica, as altas temperaturas, a radiação ultravioleta e descargas elétricas fizeram com que esses elementos reagissem e formassem moléculas cada vez mais complexas, chegando a gerar até aminoácidos. Em seguida a Terra, num fluxo constante de erupções começou a esfriar e condensar a água, as chuvas tornavam-se constantes, pois a água que caí logo era aquecida e voltava ao estado de vapor. Tais chuvas fizeram com que, posteriormente, se criassem mares sobre a Terra.

As proteínas e os aminoácidos criados eram levados a esses mares pelas próprias chuvas, onde se quebravam e voltavam a se unir criando várias outras espécies químicas. Na água as proteínas originaram colóides (agregados de partículas de diâmetros). Esses colóides aglomeraram-se e formaram desse modo, os coacervados – moléculas de proteína envolvidas por água. Depois de um tempo formaram-se assim as moléculas de nucleoproteína, capazes de transmitir seus caracteres hereditários, que foram englobadas por coacervados (protéicos) onde faltava apenas os lipídios para compor a base de uma membrana celular.

Mas, de acordo com o evolucionismo naturalista do momento, o homem descende de animais inferiores, corpo e alma, por um processo completamente natural, dirigido inteiramente por forças inerentes. Um dos princípios mais importantes da teoria é o da rigorosa continuidade entre o mundo animal e o homem. Ela não pode admitir qualquer descontinuidade em nenhum ponto ao longo do curso da evolução, pois toda e qualquer ruptura é fatal para a teoria. Nada que seja absolutamente novo e imprevisível tem que ter estado potencialmente no germe originário, do qual todas as coisas se desenvolveram. E o processo todo tem que ser dirigido, do começo ao fim, por forças inerentes.

A nível político Marx tem uma celebre frase “A religião é o ópio do povo”, nesta frase o autor sugere que a religião é utilizada pelo estado como uma droga, visando anestesiar a dor e a fome do povo. Mais do que condenando a religião em si, Marx na verdade estava criticando a condição de uma sociedade que levaria as pessoas a um entorpecimento. De qualquer modo, a partir daí, não paramos de ouvir as críticas aos comunistas sem Deus, implicando que o pensamento marxista não tem valores nem moralidade.

O que Marx queria dizer é que a religião funciona no sentido de pacificar os oprimidos; e a opressão é definitivamente um erro moral. A religião, dizia ele, reflete o que falta na sociedade; é uma idealização das aspirações do povo que não podem ser satisfeitas de imediato. As condições sociais da Europa nos meados do século XIX, tinham reduzido os trabalhadores a pouco mais que escravos; as mesmas condições produziram uma religião que prometia um mundo melhor na outra vida. Segundo Marx, a religião não é apenas uma superstição ou uma ilusão. Ela tem uma função social: distrair os oprimidos da realidade de sua opressão.

Enquanto os explorados e espezinhados acreditarem que seus sofrimentos lhes granjearão liberdade e felicidade no futuro, estarão considerando a opressão como parte de uma ordem natural, um fardo necessário e não uma coisa imposta pelos outros homens. É isso o que Marx queria dizer ao chamar a religião de "ópio do povo": ela alivia sua dor, mas ao mesmo tempo, torna-os indolentes, nublando sua percepção da realidade e tirando-lhes a vontade de mudar. Ele queria que as pessoas abrissem os olhos para a dura realidade do capitalismo burguês do século dezenove. Os capitalistas estavam extraindo mais e mais lucros a partir do trabalho do proletariado, ao mesmo tempo em que "alienavam" os trabalhadores de sua auto realização. O que os trabalhadores mereciam, e poderiam obter se acordassem de sua sonolência, era o controle de seu próprio trabalho, a posse do valor que geravam com esse trabalho e, conseqüentemente, auto-estima, liberdade e poder.

Durante muitos anos da minha vida como professor do Ensino Médio, sem conhecimento da palavra de Deus, fiz chacota com os argumentos do criacionismo que Deus criou o universo em sete dias.

O criacionismo ao contrário do que muitas pessoas pensam é defendido não somente pelos cristãos mais também pelos mulçumanos e outras religiões que crêem que um único Deus, que criou o céu e a Terra com seus seres vivos.

A origem da vida para as religiões abraâmicas (cristianismo, judaísmo e islamismo) é a mesma: um ser superior (Deus para os cristãos, Alá para os mulçumanos e Javé para os judeus) criou um jardim: o Jardim do Éden, e lá colocou o homem para cuidar dele e cultivá-lo com plena sabedoria.

Criacionismo, basicamente defende a teoria de que a Terra e a vida foram criadas por Deus. Esta teoria não é considerada uma teoria científica, mas sim uma teoria metafísica. E está apresentada nos livros ”Alcorão e Gênesis da Bíblia Sagrada” e segundo esta última, a criação do ser humano teve tal versão: “Então, do pó da terra, o Senhor formou o ser humano. O senhor soprou no nariz dele uma respiração de vida, e assim ele se tornou um ser vivo.” (Gn 2. 7), vale ressaltar que em hebraico terra soa parecido com ser humano: adamá (terra) e adam (ser humano).

Como pôde ser notado o criacionismo e o evolucionismo, o qual foi defendido por Charles Darwin que inclusive se formou em teologia, divergem em suas teorias sobre a criação dos seres vivos. Quanto à idade da Terra, segundo os criacionistas, ela foi criada por volta de 4004 a.C. e desde então não sofreu nenhuma modificação, nem mesmo os seres nela viventes, eis aí o principal ponto de divergência.

Este assunto se repete no inicio do ano, com os alunos do Ensino Médio, mas felizmente, depois de se tornar cristão e temente a Deus, a minha postura e outra, a discussão da ciência e da fé continua atual e move paixões, ao longo deste trabalho aprofundaremos este assunto.

Depois eu continuo...

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