terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

A Sexualidade à luz da Bíblia II parte

Este artigo do autor: Cláudio Lysias Costa Vieira. Presbítero em disponibilidade na Igreja Presbiteriana do Piracicamirim, em Piracicaba, SP. Regente do coro e do conjunto masculino da igreja.

II. Parte ( continuação)



Conhecemos vários tipos de aberração:

d) Bestialismo ou zoofilia: a prática de relações sexuais com animais.

e) Pedofilia: a atração anormal por crianças (criaturas ainda não sexualmente maduras).

f) Necrofilia: a prática de relações sexuais com cadáveres.

g) Homossexualismo: o relacionamento sexual com pessoas do mesmo sexo.

É interessante a maneira como Robinson Cavalcanti analisa os desvios do comportamento sexual, no livro já citado acima:

Há um certo consenso na ética cristã de que:

a) por certo Deus destinou o ser humano a buscar a realização sexual com outros seres vivos. A necrofilia, ou atração sexual por cadáveres, fere esse padrão;

b) Deus destinou o ser humano à realização sexual com outro ser da mesma espécie. A zoofilia, ou atração sexual por irracionais, fere esse padrão;

c) Deus destinou o ser humano à realização com o sexo oposto. O homossexualismo, ou atração pelo mesmo sexo, fere esse padrão;

d) Deus destinou o ser humano a se realizar sexualmente por livre manifestação de vontade. O estupro, ou relações sexuais à força, fere esse padrão;

e) Deus destinou o ser humano à realização sexual por amor. A prostituição, ou relação sexual mediante remuneração ou recompensa, fere esse padrão;

f) Deus destinou o ser humano a relacionamentos estáveis, que crescem e se aprofundam. A fornicação, ou relacionamentos sexuais efêmeros e sucessivos, fere esse padrão;

g) Deus destinou o ser humano a relacionamentos na amplitude da espécie. O incesto, ou relacionamento sexual com parentes próximos, fere esse padrão;

h) Deus concebeu a atividade sexual como um ato de comunicação interpessoal. A masturbação, ou auto-realização sexual solitária, quando opção permanente de um egoísmo sexual, fere esse padrão;

i) Deus deixou ao ser humano a incumbência e a capacidade de reprodução da espécie. Ele é a fonte da vida e condena a morte. O aborto, ou destruição do ser enquanto ainda no útero, fere esse padrão;

j) Destinou Deus o ser humano a fazer da atividade sexual um ato construtivo de afeto. O sadismo, ou prazer em fazer sofrer, e o masoquismo, ou prazer no sofrer, com suas agressões e mutilações, fere esse padrão;

k) Destinou Deus o ser humano à integração da sua sexualidade com equilíbrio, dentro de uma pluralidade de atividades e interesses. A lascívia, sexocentrismo, sexomania ou obsessão sexual, fere esse padrão."

Todo desvio de conduta é conseqüência da negação de Deus por parte do ser humano (Rm. 1.21-32).

Em (1 Co. 6.9,10) há uma lista de tipos de pessoas que não podem herdar o reino de Deus: "nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o Reino de Deus".

É claro que isto não significa que não há esperança para os adúlteros, homossexuais, fofoqueiros, furadores de fila, pão-duros, etc. Porém, é uma ilusão perigosa achar que Jesus vai garantir salvação sem conversão. Devemos respeito a essas pessoas enquanto seres humanos, mas não podemos, por exemplo, pedir que Deus abençoe uma união homossexual sob o pretexto de que "é uma relação de amor". Imitando Jesus, devemos amar o pecador, mas não o pecado. Felizmente, em Jesus há esperança para todas estas pessoas (1 Co. 6.11).

Para terminar o nosso estudo, analisaremos agora :


III. ATITUDE DO CRISTÃO DIANTE DO PECADO E DO PECADOR

a) Atitude errada:

O legalismo (Cl. 2.16-23). A postura dos "crentes" tem sido tradicionalmente assim. Estamos sempre prontos a apontar o dedo, a julgar e a condenar, apesar de todas as advertências da Palavra de Deus contra este hábito (Rm. 2.1; Tg. 2.8-13; Lc. 18.9-14). A Igreja tem um Código de Disciplina que tem sido aplicado com extremo rigor e sem misericórdia no caso dos pecados sexuais, e de maneira branda ou mesmo nenhuma no caso de intrigas, fofocas maldosas, atitudes desonestas, etc.

Membros têm sido afastados do convívio dos crentes por causa da disciplina mal aplicada. Muitos, por não terem ainda maturidade espiritual, têm se afastado de Deus por confundirem a "justiça" da igreja com a Justiça de Deus.

Não queremos dizer com isto que o Código de Disciplina é supérfluo ou está errado, mas que ele tem sido aplicado de maneira totalmente distante dos propósitos de Deus. Punições como suspensão ou exclusão da comunhão só devem ser aplicadas em casos de membros não arrependidos e reincidentes contumazes apesar das exortações feitas com amor.

A disciplina de Deus está bem exemplificada na história de Davi (2 Sm. 12.1-25). Tendo cometido o duplo crime de adultério e assassinato, Davi é exortado e depois informado que tem o perdão de Deus, mas não pode fugir às conseqüências do seu pecado. E a sua atitude é exemplo para todos nós.

b) Atitude correta:

1) A atitude de Jesus: o episódio da mulher adúltera nos dá o exemplo (Jo. 8.1-11). Ficam claras a Sua misericórdia para com a pecadora, sem tornar-se cúmplice ou conivente com o seu pecado ("Vai, e não peques mais").

2) A "receita" bíblica para a nossa atitude: (Gl. 6.1-5). Encerramos este estudo com uma afirmação de fé:

Talvez muitos de nós tenhamos em nosso passado algum pecado, de ordem sexual ou não, do qual nos envergonhamos. Mas podemos confiar na promessa de Deus em Sua Palavra:

"Tais fostes alguns de vós; mas vós vos lavastes, mas fostes santificados, mas fostes justificados, em o nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus (1 Co. 6.11).

Que a Graça do Nosso Senhor Jesus Cristo esteja com todos nós.


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