FILADÉLFIA, A IGREJA DO AMOR PERFEITO
LEITURA
BÍBLICA: Apocalipse 3.7-13.
INTRODUÇÃO
Filadélfia não era tão importante
quanto Éfeso, nem tão rica como Laodiceia. No entanto, possuía um amor que
tirava forças da fraqueza. E, de sua pobreza temporal, extraía bens eternos
para enriquecer o mundo. Se a igreja em Filadélfia tinha algum segredo, era o
amor que ela santificava a Cristo.
A uma igreja amante como Filadélfia,
o Amado abre uma porta que ninguém poderia fechar. Sim, Jesus escancara-lhe os
portais da evangelização e da obra missionária, levando-a a avançar como Reino
de Deus além de suas fronteiras. Quando a igreja local é amorosa, logo Deus a
universaliza.
I. FILADÉLFIA, A CIDADE DO AMOR
FRATERNAL
1. A história de Filadélfia. Filadélfia
foi estabelecida pelo rei Átalos Filadelfos II de Pérgamo em 189 a.C. Ao
construir a cidade, tinha como objetivo helenizar a região que, até aquela
época, usava como língua comum, o gálico.
O território da bíblica Filadélfia é
ocupado, hoje, pela cidade turca de Alasehir, situada a 130 quilômetros ao
leste de Esmirna.
2. A igreja em Filadélfia. À semelhança
das demais igrejas da Ásia Menor, Filadélfia também foi estabelecida ou pelo
apóstolo Paulo, ou por algum membro de sua equipe (At 19.10). Poucas
informações temos dessa congregação, que passaria à história como a igreja do
amor fraternal. A essa igreja, endereçou o Senhor Jesus uma carta carinhosa e
terna.
II. A IDENTIFICAÇÃO DO MISSIVISTA
Ao anjo da igreja em Filadélfia,
apresenta-se o Senhor Jesus como aquele que é Santo e Verdadeiro (Ap 3.7).
Somente alguém com essas credenciais far-se-ia digno de receber do Pai a chave
da casa de Davi, para abrir-nos todas as portas da oportunidade (Is 22.22).
1. Jesus, o Santo de Deus (Ap 3.7). A santidade é
um dos principais atributos de Cristo. Embora separado do pecado, Ele não se
separou dos pecadores, mas ofereceu-se, amorosa e sacrificalmente, para
salvar-nos de nossas iniquidades (Hb 2.14).
Se Ele é santo, de sua Igreja requer
santidade e pureza (1 Pe 1.16). Portanto, Filadélfia deveria fazer-se notória
também pela santidade, pois sem esta ninguém verá o Senhor (Hb 12.14). Sua
igreja é santa? Ela segue a paz com todos?
2. Verdadeiro (Ap 3.7). Apresentando-se
também como verdadeiro, o Senhor Jesus demanda de sua Igreja uma postura
verdadeira e confessante. Filadélfia tinha tais características. Por isso,
estava disposta a professar o nome de Cristo até o fim. Ela não se conformava
com este mundo.
3. A chave da Casa de Davi. Jesus é o
representante mais autorizado da casa de Davi, pois somente Ele reuniu as
condições necessárias para exercer o tríplice ministério messiânico: profeta,
sacerdote e rei (Sl 110.1-7). Dessa forma, ficou ao seu encargo a chave da Casa
de Davi que, no Antigo Testamento, fora confiada a Eliaquim (Is 22.22-25).
Apresentando-se assim a Filadélfia,
Ele deixa bem claro que, na expansão do Reino de Deus, nenhuma porta haverá de
prevalecer contra a Igreja, porque Ele as abrirá (Mt 16.13-19). Portanto, se
nos dispusermos a alcançar os confins da terra, certamente seremos bem
sucedidos. O que estamos esperando? Aleluia! Não há portas fechadas aos que se
dispõem a ganhar o mundo para Cristo.
III. UMA IGREJA AMOROSA, PACIENTE E
CONFESSANTE
Sendo rica em amor, Filadélfia era
também abundante em obras e virtudes teológicas (Ap 3.8). Eis alguns traços da
personalidade dessa igreja tão amorosa e tão amada:
1. Amar é a maior das obras. Embora
nenhuma de suas obras haja sido particularizada por Cristo, a igreja em
Filadélfia cumpria zelosa, e perseverantemente, os termos da Grande Comissão
(Mt 28.19,20; At 1.8).
O que disso concluímos? Somente uma
igreja amorosa se preocupa com a evangelização e com a obra missionária. Que
exemplos temos nas igrejas da Macedônia (2 Co 8.1-6).
2. Força na fraqueza. Filadélfia
não era uma igreja forte (Ap 3.8). Mas pela fé, sabia como tirar forças da
fraqueza (Hb 11.34). Portanto, não importa se a sua igreja é pequena: faça
grandes coisas para Deus. Ela é pobre? Enriqueça os miseráveis com o Evangelho
de Cristo. Ela é desconhecida? Leve os pecadores a serem conhecidos como filhos
diante do Pai.
3. Amorosa perseverança. Em meio às
perseguições, Filadélfia jamais negou o nome do Senhor (Ap 3.8). Ela não
capitulou diante do Império Romano, pois estava compromissada com o Reino de
Deus.
Além das tribulações externas, a
igreja em Filadélfia enfrentava, no âmbito doméstico, as investidas de um grupo
denominado de sinagoga de Satanás (Ap 3.9). Tratava-se de uma gente herege e
ímpia que, desfraldando impiamente a bandeira da Lei de Moisés, buscava anular
a graça de Cristo. Paulo, aliás, tivera muitas dificuldades com esses
indivíduos (Gl 1.1-7).
As dificuldades que os falsos
obreiros causavam à Filadélfia não eram pequenas. Todavia, haveriam eles de
reconhecer que a igreja, embora fraca, contava com um forte defensor: “Eis que
eu farei aos da sinagoga de Satanás (aos que se dizem judeus e não são, mas
mentem), eis que eu farei que venham, e adorem prostrados a teus pés, e saibam
que eu te amo” (Ap 3.9).
Estejamos, pois, tranquilos. Jesus
batalha nossas batalhas e guerreia nossas guerras.
IV. FILADÉLFIA NOS ÚLTIMOS DIAS
Enquanto Laodiceia existia para o
aqui e o agora, Filadélfia tinha uma perspectiva escatológica verdadeiramente
bíblica. Ela encarava com seriedade a iminência da volta de Jesus Cristo.
1. A iminência da volta de Jesus. Em sua carta
à igreja em Filadélfia, o Senhor Jesus alerta-nos: “Eis que venho sem demora”
(Ap 3.11). Nunca estas palavras fizeram-se tão urgentes quanto hoje. Basta ler
os jornais, para se confirmar o cumprimento das profecias que preanunciam o
arrebatamento da Igreja. Tenho certeza de que Filadélfia, ao receber tal
exortação, alegrou-se muito, pois, amante como era, suspirava pelo Amado (2 Tm
4.8). E você? Ama realmente a volta do Senhor?
2. A Grande Tribulação. Muitas eram
as tribulações que se abatiam sobre Filadélfia. De uma coisa, porém, sabia
aquela amantíssima igreja: o Senhor não permitira viesse ela a ser alcançada
pela Grande Tribulação. É o que nos promete Jesus: “Como guardaste a palavra da
minha paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre
todo o mundo, para tentar os que habitam na terra” (Ap 3.10).
Não tenha medo. Antes que chegue a
angústia, Jesus virá arrebatar-nos. E assim estaremos para sempre com o Senhor
(1 Ts 4.13-17).
3. A coroa de glória. A igreja em
Filadélfia já havia recebido sua inteira aprovação do Senhor. No entanto,
haveria ela de mostrar-se vigilante e cuidadosa para que ninguém lhe furtasse o
galardão: “Guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa” (Ap 3.11).
Está você vigilante e cuidadoso com o
que lhe confiou Jesus? Não permita que o Diabo lhe roube no tempo os bens que o
Senhor lhe preparou na eternidade (Ap 2.10).
CONCLUSÃO
Mantenhamo-nos fiéis. O Senhor Jesus
não tarda. Em seu inconfundível amor, promete-nos: “A quem vencer, eu o farei
coluna no templo do meu Deus, e dele nunca sairá; e escreverei sobre ele o nome
do meu Deus e o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém, que desce do céu,
do meu Deus, e também o meu novo nome” (Ap 3.12).
Sabe você o que significa esta
promessa? Além de termos o privilégio de morarmos nos céus por toda a
eternidade, seremos lá tidos como ilustres. Sobre nós estará o nome de Deus, do
Noivo e da Jerusalém Celeste.
Quem tem ouvidos ouça o que o
Espírito diz às igrejas.
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