domingo, 2 de janeiro de 2011

EVOLUCINISMO DE CHARLES DARWIN

Este texto foi extraído do trabalho sobre “Evolucionismo e Criacionismo” apresentado no curso de Bacharel em Teologia do Instituto Bíblico das Assembléias de Deus no Triângulo Mineiro na disciplina “Doutrina de Deus” e será dividido em partes.

Parte III

EVOLUCINISMO DE CHARLES DARWIN

Neste cenário de questionamento e de busca de novas pesquisas e conhecimentos surge o naturalista britânico Charles Darwin, que escreve um dos livros mais importantes da história da ciência, apresentando a Teoria da Evolução, base de toda biologia moderna. O nome completo da primeira edição (1859) é “Sobre a Origem das Espécies por Meio da Seleção Natural ou a Preservação de Raças Favorecidas na Luta pela Vida”. Somente na sexta edição (1872), o título foi abreviado para “A Origem das Espécies”, como é popularmente conhecido.

Nesse livro, Darwin apresenta evidências abundantes da evolução das espécies, mostrando que a diversidade biológica é o resultado de um processo de descendência com modificação, onde os organismos vivos se adaptam gradualmente através da seleção natural e as espécies se ramificam sucessivamente a partir de formas ancestrais, como os galhos de uma grande árvore: a árvore da vida.

A proposta de Darwin, que as espécies se originam por processos inteiramente naturais, contradiz a crença religiosa na criação divina tal como é apresentada na Bíblia, no livro de Gênesis. As discussões que o livro desencadeou se disseminaram rapidamente entre o público, criando o primeiro debate científico internacional da história.

A ciência na época de Darwin acreditava que não era tão difícil criar vida artificial. Talvez por observar detritos se tornando lavras, eles concluíram que se as lavras eram seres vivos poderiam ter nascidos de detritos. Então não era tão difícil criar a vida.

A teoria da seleção natural das espécies na grande maioria das vezes, os indivíduos produzem uma grande quantidade de descendentes, dos quais apenas uma parte sobrevive até a fase adulta. Assim, por exemplo, a cada ano, o salmão põe milhares de ovos, uma ave produz vários filhotes. No entanto, as populações das espécies em um ecossistema em equilíbrio não crescem indiscriminadamente. Isto significa que os indivíduos são selecionados na natureza, de acordo com suas características. Freqüentemente menos de 10 % da prole sobrevive. Os indivíduos que apresentarem características vantajosas para a sua sobrevivência, como por exemplo, maior capacidade de conseguir alimento, maior eficiência reprodutiva, maior agilidade na fuga de predadores, têm maior chance de sobreviver até a idade reprodutiva, na qual irá passar estas características individuais vantajosas à prole. Isto ocorre porque todas as características estão imprensas nos genes do indivíduo. Este é o princípio da seleção natural de Darwin, que mostrou que a seleção natural tende a modificar as características dos indivíduos ao longo das gerações, podendo gerar o aparecimento de novas espécies.

Segundo Darwin, as diferenças individuais seriam a matéria prima para o surgimento das variações, e um alto grau de variabilidade hereditária e diversificada seria um campo favorável à atuação da seleção natural. Quanto mais abundante for uma espécie, maior a probabilidade de produzir variações favoráveis que serão selecionadas.

A partir desta teoria pode-se estudar sob o aspecto evolutivo todo o parentesco entre os seres vivos da Terra, o que culminou em uma árvore genealógica da vida. Nela, os organismos unicelulares semelhantes às bactérias foram os primeiros seres vivos, surgidos a 3 bilhões de anos nos mares primitivos.

Toda a informação genética dos seres vivos está registrada no DNA, a proteína que constitui os genes e cromossomos. Durante o processo de reprodução, a replicação destes genes sofre alterações denominadas mutações genéticas. Quando as mutações começaram a ocorrem nos primeiros seres vivos do planeta, iniciou-se o processo de evolução, através do aparecimento das citadas variações individuais na mesma espécie. A evolução é então impulsionada pelo fenômeno da seleção natural, através das centenas de milênios do tempo geológico.

A seleção natural conduziria à divergência dos caracteres, o que em longo prazo pode levar a formação de novas espécies, e à extinção completa das formas intermediárias e imperfeitas. A seleção natural também seria capaz de modificar um dos sexos no que se refere às suas relações funcionais com o sexo oposto, e a isso Darwin chamou de seleção sexual. As diferenças entre machos e fêmeas da mesma espécie seriam causadas pela seleção sexual.

Em "A Origem das Espécies" Darwin evitou tratar da evolução humana. Faria isso mais de dez anos depois com a publicação de "A Descendência do Homem" (1871), encorajado pelos trabalhos de Thomas H. Huxley (1825-1895), o maior defensor de sua obra. No livro, ele afirma que os parentes vivos mais próximos do homem são gorilas e chipanzés. Foi o bastante para ser ridicularizado em jornais ingleses.

A coleta e registro de fósseis, bem como análises de cadeias de DNA, comprovaram a tese do naturalista. A ciência sabe, hoje, que o ancestral mais remoto do homem viveu na África há cerca de sete milhões de anos. Porém, faltam peças no quebra-cabeça da linhagem humana. A árvore genealógica do hominídeo não é linear, pelo contrário, comporta diferentes ramos que não se desenvolveram. São nove espécies diferentes e outras tantas ainda desconhecidas, como aquela que há milhares de anos originou homens e macacos.

Por esta razão, é um erro dizer que descendemos dos macacos. Na verdade, temos ascendentes em comum.

Charles Darwin não fez um ensaio descritivo especifico da evolução das espécies, apenas observou que havia uma tendência à evolução. Ele acreditava que da ameba, unicelular, viria todo um complexo de vida orgânica que nós conhecemos, mas não destrinchou espécie por espécie. Acreditando formar uma cadeia evolucionista, Darwin sugeriu que a cadeia da evolução fosse formada mais ou menos assim :

Protozoários, que evolui para à Metozoário, que evolui para à Invertebrados, que evolui para à Vertebrados, que evolui para à Anfíbios, que evolui para à Répteis, que evolui para à Mamíferos.

Não temos nenhuma prova cientifica das transmutações de espécies de nenhuma forma. Não se tem protozoários que evoluiu para metozoarios que evoluiu para invertebrado que evoluiu para anfíbios que evoluiu para repteis, e mamíferos.

Em seu livro Teologia Sistemática, Louis Berkhof, explicando a origem do homem, através de um relato bíblico e contrapondo a teoria evolucionista, relata como o homem foi colocado na criação, rodeado pelo mundo vegetal e animal, e como ele iniciou a sua história. Dentre as muitas particularidades nas quais a criação do homem sobressai, em distinção da de outros seres vivos podemos destacar, que a criação do homem foi precedida por um solene conselho divino.

Antes de registrar a criação do homem, o escritor inspirado nos leva de volta, por assim dizer, ao conselho de Deus, pondo-nos em conhecimento do decreto divino com as palavras: “Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança”, Gn 1.26. Geralmente a igreja tem interpretado o plural com base na existência trinitária de Deus. Entretanto, alguns eruditos o consideram como plural de majestade; outros, como plural de comunicação, no qual Deus inclui os anjos juntamente com Ele; e ainda outros, como plural de auto-exortação. Destas três sugestões, a primeira é muito improvável, visto que o plural de majestade originou-se em data muito posterior; a segunda é impossível, porque implicaria que os anjos foram co-criadores com Deus, e que o homem foi criado à imagem dos anjos também, o que é uma idéia antibíblica; e a terceira é uma pressuposição inteiramente gratuita, à qual não se pode atribuir nenhuma razão. Por que uma auto-exortação como essa haveria de ser plural, senão porque há uma pluralidade em Deus? (p. 168)

Sobre a criação do homem foi, no sentido mais estrito da palavra, um ato imediato de Deus, Louis Berkhof destaca que:

Algumas das expressões utilizadas na narrativa anterior à da criação do homem, indicam criação mediata, nalgum sentido da palavra. Notem-se as seguintes expressões: “E disse: Produza a terra relva, ervas que dêem semente, e árvores frutíferas que dêem fruto segundo a sua espécie” – “Povoem-se as águas de enxames de seres viventes” – “Produza a terra seres viventes, conforme a sua espécie”, e comparem-se com a simples declaração: “Criou Deus, pois o homem”. Seja qual for a indicação de mediação na obra da criação, contida nas primeiras expressões, falta por completo na última. Evidentemente, a obra de Deus na criação do homem não foi mediata, em nenhum sentido da palavra. Ele fez uso de material preexistente na formação do corpo humano, mas, já na criação da alma, isto foi excluído. (p. 168)

Em distinção das criaturas inferiores, o homem foi criado conforme um tipo divino. No que diz respeito aos peixes, às aves e aos animais, lemos que Deus os criou segundo a sua espécie, numa forma típica da deles próprios.

O homem, porém, não foi criado assim, e muito menos segundo o tipo de uma criatura inferior. Quanto a ele, disse Deus: “Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança”. Veremos o que isto implica quando discutirmos a condição original do homem, e aqui apenas chamamos a atenção para isso com o fim de expor o fato de que, na narrativa da criação, a criação do homem sobressai como uma coisa distintamente característica (p.168)

Distinguem-se claramente os dois diferentes elementos da natureza humana, o corpo e a alma. Em Genesis 2.7 diz que: formou o SENHOR Deus o homem do pó da terra, e soprou em suas narinas o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente.

“faz-se clara distinção entre a origem do corpo e a da alma. O corpo foi formado do pó da terra; na sua produção Deus fez uso de material preexistente. Na criação da alma, porém, não houve modelagem de materiais preexistentes, mas a produção de uma nova substância. A alma do homem foi uma nova produção de Deus, no sentido estrito da palavra, Jeová “lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente”. Com estas simples palavras afirma-se a dupla natureza do homem, e o que elas nos ensinam é corroborado por outras passagens da Escritura, como Ec 12.7; Mt 10.28; Lc 8.55; 2 Co 5.1-8; Fp 1.22-24; Hb 12.9. Os dois elementos são o corpo e o sopro ou espírito de vida nele soprado por Deus, e com a combinação dos dois o homem se tornou “alma vivente”, o que neste contexto significa simplesmente “ser vivo”. (p.169)

Finalizando os exemplos utilizados por Berkhof para relatar através da bíblia a origem do homem, além de exaltar o homem ele o descreve como:

O homem é descrito como alguém que está no ápice de todas as ordens criadas. Foi coroado como rei da criação inferior e recebeu domínio sobre todas as criaturas inferiores. Como tal, foi seu dever e privilégio tornar toda natureza e todos os seres criados, que foram colocados sob seu governo, subservientes à sua vontade a o seu propósito, para que ele e todos os seus gloriosos domínios magnificassem o onipotente Criador e Senhor do universo, Gn 1.28; Sl 8.4-9. (p.169)

Do ponto de vista teológico a teoria evolucionista é contraria aos ensinamentos de Deus, sendo que em alguns estados norte americanos a teoria evolucionista de Charlie Darwin está proibida nas escolas, pois o homem é produto de um ato direto e especial do criador de Deus, e não de um processo de desenvolvimento de um tronco simiesco de animais. A bíblia afirma que Deus formou o home do pó da terra. “E formou o SENHOR Deus o homem do pó da terra, e soprou em suas narinas o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente. (Gn 2.7).

Continuo depois...

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