A visão do Cristo Glorificado
LEITURA BÍBLICA
Apocalipse 1.9-18.
INTRODUÇÃO
Foi o Cristo glorificado
que se apresentou a João na Ilha de Patmos. Aquele que no Calvário humilhara-se
até ao inferno, no céu é soberanamente exaltado. Com a sua morte, Ele trouxe
morte à própria morte. Por isso revela-se não apenas em glória, mas como o
Senhor de toda a glória. E já entronizado à destra do Pai, apresenta-se Jesus
Cristo como Rei dos reis e Senhor dos senhores (Fp 2.5-11).
Sim, aquele que esteve
morto acha-se à direita do Pai. E triunfante virá buscar a sua Igreja (Ap
1.10-20). Está você preparado para receber o Cordeiro de Deus?
Mas, qual o verdadeiro
significado da glorificação de Cristo? Só viremos a entendê-la se nos
detivermos a compreender-lhe a encarnação.
I. O CRISTO ENCARNADO
Por que a encarnação é o
grande mistério da piedade? (1 Tm 3.16). Fazendo-se Filho do Homem, o Filho de
Deus manifestou plenamente o amor do Pai (Jo 3.16). E assim Deus revelou-nos a
sua graça (1 Jo 4.9).
1. A encarnação. A
encarnação foi o ato pelo qual a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade foi
concebida, virginalmente, no ventre de Maria (Is 7.14; Lc 1.27). Neste ato
sobrenatural, levado a efeito por obra e graça do Espírito Santo, o Filho de
Deus fez-se Filho do Homem, e veio habitar entre nós (Jo 1.14). Eis porque
afirmamos ser Jesus Cristo Verdadeiro Homem e Verdadeiro Deus.
Na encarnação, o Senhor
Jesus Cristo esvaziou-se não de sua divindade, mas da glória que usufruía ao
lado do Pai, desde a eternidade mais remota (Fp 2.5-11). Jesus homem não deixou
de ser Deus; Jesus Deus não deixou de ser homem. Nele, as naturezas divina e
humana são plenas e harmônicas. Era Jesus, então, um homem igual a nós? Ele era
melhor do que nós, pois foi achado sumamente perfeito.
Quem não aceita a
encarnação de Nosso Senhor Jesus Cristo não tem o Espírito de Deus (1 Jo 4.2).
2. O objetivo da
encarnação. Três foram os objetivos da encarnação do Filho de Deus: 1) Consumar
o Plano de Salvação que, elaborado na eternidade, foi concretizado na plenitude
do tempo (Gn 3.15; Gl 4.4; Ap 13.8); 2) Manifestar o Emanuel (Is 7.14; 9.6)
para que, no Novo Testamento, exercesse plenamente os três ministérios do
Testamento Antigo: profeta, sacerdote e rei; e: 3) Revelar no Calvário a
expressão maior do amor de Deus (Jo 3.16).
O Senhor Jesus, por
conseguinte, fez-se Filho do Homem, a fim de que viéssemos a ser filhos de Deus
(Jo 1.12). Em sua humilhação, exaltou-nos; em sua morte, reviveu-nos; em sua
ressurreição, partilhou-nos sua glória e eternidade.
II. O CRISTO HUMILHADO E
FERIDO DE DEUS
A morte de Cristo não foi
entendida nem pelos judeus, nem pelos gregos. Aqueles consideravam-na
escândalo; estes, loucura (1 Co 1.23). Se os primeiros buscavam compreendê-la
através de uma interpretação equivocada da Lei e dos Profetas, os segundos
esforçavam-se por tudo discernir à luz natural da razão. Em sua incredulidade,
ambos os povos jamais vieram a aceitar as proposituras do Plano da Salvação.
Afinal, porque um homem
teve de morrer para que os demais pudessem vir a ser salvos? É uma lógica
humanamente desconhecida.
Todavia, tanto os judeus,
quanto os gentios, ao receberem a Jesus, pela fé, passam a entender
perfeitamente as implicações, temporais e eternas, da morte e ressurreição de
Nosso Senhor (1 Co 1.24).
III. O CRISTO GLORIFICADO
A glorificação de Cristo
abrange os seguintes eventos: ressurreição, ascensão aos céus, segunda vinda e
triunfo sobre as forças do mal.
1. Ressurreição. Afirmou
Paulo que, sem a ressurreição de Cristo, a nossa fé seria vã (1 Co 15.14,17).
Em toda essa passagem, o apóstolo mostra, com abundantes provas, ter sido a
ressurreição do Senhor um fato histórico e não uma mitologia criada pelos
discípulos. E foi como o Cristo ressurreto que Jesus apresentou-se a João na
ilha de Patmos: “Não temas; eu sou o Primeiro e o Último e o que vive; fui
morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém!” (Ap 1.17,18). É
fundamental que se realce que o Senhor Jesus ressuscitou física e
corporalmente.
Já egresso dos mortos, o
Senhor Jesus recebe do Pai todo o poder nos céus e na terra (Mt 28.18). Em suas
mãos, as chaves da morte e do inferno (Ap 1.18).
2. Ascensão aos céus.
Ressurreto, apresentou-se o Cristo aos seus discípulos, por um período de
quarenta dias, falando das coisas concernentes ao Reino de Deus (At 1.3). Em
seguida, é assumpto aos céus numa nuvem, conforme o relato fidedigno e exato de
Lucas (At 1.9). Agora, à destra do Pai, partilha daquela glória que sempre
desfrutara ao seu lado desde a mais insondável eternidade (Jo 17.5; Hb 8.1).
Esta também foi a visão que teve o primeiro mártir do Cristianismo: “Eis que
vejo os céus abertos e o Filho do Homem, que está em pé à mão direita de Deus”
(At 7.56).
Portanto, o Senhor Jesus
ascendeu aos céus num corpo glorificado, levando consigo as marcas do Calvário
(Ap 5.6).
3. A segunda vinda. Se a
ascensão de Cristo já foi gloriosa, como não será o seu retorno para buscar os
redimidos? Em glória virá arrebatar a sua Igreja, para que os salvos
participemos de toda a sua glória. Bendita seja a glória do Senhor! Paulo
discorre sobre o evento em duas de suas epístolas (1 Co 15.50-58; 1 Ts
4.13-17). João, exilado em Patmos, teve o privilégio de contemplar o Senhor da
glória (Ap 1.12-19). Em breve, muito em breve, também o veremos face a face.
Aleluia!
CONCLUSÃO
Isaías viu o Cristo
humilhado e ferido de Deus (Is 53.4). Jesus, porém, ressuscitou. Acha-se,
agora, à destra do Pai Celeste. E logo virá buscar-nos. Está você preparado
para este momento? Já recebeu a Jesus como o seu Salvador? Tem convicção de
vida eterna? Aceite a Cristo, agora mesmo, para que possa desfrutar da glória
do Senhor de toda a glória. Como Ezequiel, enalteçamos a glória do Cordeiro de
Deus: “Bendita seja a glória do Senhor” (Ez 3.12).
Fonte: www.ebdweb.com.br
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